Qual cuidado devo tomar após a cirurgia plástica?
É natural que uma das primeiras perguntas a vir à nossa mente na programação de uma cirurgia seja sobre os riscos envolvidos nesse procedimento.
Falar sobre os riscos é sempre tido como desconfortável, mas é imprescindível para que a sua decisão de operar seja bem fundamentada. Também é útil para que você conheça, além dos riscos, todas as medidas que podem ser utilizadas para reduzi-los e tratar as eventuais complicações.
Os riscos da abdominoplastia podem ser divididos em gerais e locais.
Dentre os gerais, podemos destacar as reações alérgicas, as complicações respiratórias como a pneumonia e a atelectasia (fechamento de áreas do pulmão, dificultando a respiração) e os fenômenos tromboembólicos.
Os fenômenos tromboembólicos, que incluem a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar, são complicações potencialmente graves que podem ocorrer em qualquer pós-operatório. Dentre as cirurgias plásticas, a abdominoplastia possui o maior risco de trombose. Ainda assim, ele é menor que 1%.
Dentre as locais destacam-se:
As coleções (acúmulos líquidos) de sangue (hematomas) ou de secreção serosa (seromas), que podem ser tratadas de forma conservadora ou requerer drenagem (por punção ou cirurgia);
A infecção da ferida operatória, que é tratada com medicamentos antimicrobianos diferentes dos preventivos que usamos de rotina durante e após a cirurgia;
A abertura de pontos, que se for pequena, é tratada com curativos, mas pode requerer a realização de novos pontos na área;
As cicatrizes patológicas, sejam elas alargadas, grossas, sobrelevadas ou até mesmo os quelóides, que têm um protocolo de tratamento envolvendo pomadas, placas de silicone, malha compressiva e até mesmo uma correção cirúrgica;
A deficiência circulatória na pele abdominal, que ocorre na porção próxima à cicatriz, onde a circulação é mais delicada no pós-operatório. Essa má circulação é mais frequente em tabagistas, na associação à lipoaspiração de grande volume, nas pacientes com cicatrizes abdominais prévias e nas retiradas de pele mais agressivas. A área em que o sangue circula menos pode sofrer uma necrose (desvitalização do tecido) e virar uma ferida maior, que cicatrizará mais lentamente que a ferida operatória e pode requerer curativos especiais e novas intervenções cirúrgicas.
Agora que você já entende as possíveis complicações e suas formas de tratamento, pode programar a sua cirurgia de forma mais consciente.
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